Março'23
Guselkumab plus golimumab combination therapy versus guselkumab or golimumab monotherapy in patients with ulcerative colitis (VEGA): a randomised, double-blind, controlled, phase 2, proof-of-concept trial
Lancet Gastroenterol Hepatol. 2023 Apr;8(4):307-320.
doi: 10.1016/S2468-1253(22)00427-7.
PMID: 36738762.
Highlights
O trial VEGA, um estudo clínico controlado, randomizado e duplamente cego, comparou a eficácia e segurança da combinação de guselkumab e golimumab com as de cada fármaco em monoterapia, em doentes com colite ulcerosa.
O endpoint primário do estudo era a resposta clínica à semana 12 e o endpoint secundário major era a remissão clínica no mesmo timepoint. Foram avaliados endpoints adicionais, nomeadamente endoscópicos, histológicos e biomarcadores à semana 32. A segurança das terapêuticas foi avaliada até à semana 50.
214 doentes adultos com CU moderada a severa (Mayo score 6–12 e subscore endoscópico ≥ 2) foram randomizados (1:1:1) para receber 1) terapêutica de indução com Guselkumab e Golimumab seguido de terapêutica de manutenção com Guselkumab (n=71); 2) terapêutica de indução e manutenção com Golimumab em monoterapia (n=72); 3) terapêutica de indução e manutenção com Guselkumab em monoterapia (n=71);
À semana 12, 83% e 37% dos doentes no grupo da combinação atingiram resposta e remissão clínica, respetivamente, comparativamente a 61% e 22% dos doentes sob golimumab em monoterapia (p=0.0032 e p=0.0578) e 75% e 21% dos doentes sob guselkumab em monoterapia (p=0.2155 e p=0.0412). De uma forma geral, estes resultados mantinham-se semelhantes à semana 38. Relativamente a endpoints adicionais, uma proporção superior de doentes no grupo da combinação terapêutica apresentou remissão endoscópica, histológica, histo-endoscópica e valores médios mais baixos de calprotectina fecal à semana 32. À semana 50, 63% dos doentes no grupo da combinação terapêutica, 76% dos doentes sob golimumab em monoterapia e 65% dos doentes sob guselkumab em monoterapia tinham reportado pelo menos um evento adverso. As infeções foram os eventos graves mais reportados e a sua frequência entre grupos foi semelhante.
Os resultados deste estudo sugerem que a combinação terapêutica com guselkumab e golimumab pode ser uma terapêutica mais eficaz que ambos os fármacos em monoterapia. No entanto, relativamente ao endpoint principal, não se verificou diferença estatisticamente significativa entre o grupo da combinação e o grupo sob guselkumab em monoterapia. Em termos de limitações, o tamanho da amostra é relativamente pequeno, o desenho do estudo não permitia mostrar diferenças estatisticamente significativas relativamente às taxas de remissão clínica e a terapêutica combinada apenas foi utilizada até à semana 10 pelo que a duração ótima da combinação não foi avaliada.
O endpoint primário do estudo era a resposta clínica à semana 12 e o endpoint secundário major era a remissão clínica no mesmo timepoint. Foram avaliados endpoints adicionais, nomeadamente endoscópicos, histológicos e biomarcadores à semana 32. A segurança das terapêuticas foi avaliada até à semana 50.
214 doentes adultos com CU moderada a severa (Mayo score 6–12 e subscore endoscópico ≥ 2) foram randomizados (1:1:1) para receber 1) terapêutica de indução com Guselkumab e Golimumab seguido de terapêutica de manutenção com Guselkumab (n=71); 2) terapêutica de indução e manutenção com Golimumab em monoterapia (n=72); 3) terapêutica de indução e manutenção com Guselkumab em monoterapia (n=71);
À semana 12, 83% e 37% dos doentes no grupo da combinação atingiram resposta e remissão clínica, respetivamente, comparativamente a 61% e 22% dos doentes sob golimumab em monoterapia (p=0.0032 e p=0.0578) e 75% e 21% dos doentes sob guselkumab em monoterapia (p=0.2155 e p=0.0412). De uma forma geral, estes resultados mantinham-se semelhantes à semana 38. Relativamente a endpoints adicionais, uma proporção superior de doentes no grupo da combinação terapêutica apresentou remissão endoscópica, histológica, histo-endoscópica e valores médios mais baixos de calprotectina fecal à semana 32. À semana 50, 63% dos doentes no grupo da combinação terapêutica, 76% dos doentes sob golimumab em monoterapia e 65% dos doentes sob guselkumab em monoterapia tinham reportado pelo menos um evento adverso. As infeções foram os eventos graves mais reportados e a sua frequência entre grupos foi semelhante.
Os resultados deste estudo sugerem que a combinação terapêutica com guselkumab e golimumab pode ser uma terapêutica mais eficaz que ambos os fármacos em monoterapia. No entanto, relativamente ao endpoint principal, não se verificou diferença estatisticamente significativa entre o grupo da combinação e o grupo sob guselkumab em monoterapia. Em termos de limitações, o tamanho da amostra é relativamente pequeno, o desenho do estudo não permitia mostrar diferenças estatisticamente significativas relativamente às taxas de remissão clínica e a terapêutica combinada apenas foi utilizada até à semana 10 pelo que a duração ótima da combinação não foi avaliada.
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