Quais as complicações da doença?


Na Colite Ulcerosa as complicações são: internamentos por agudização grave da doença, cirurgia (protocolectomia total, ou seja, remoção do cólon e reto) nos casos em que a doença não responde ao tratamento farmacológico, hemorragia (perdas abundantes de sangue), megacólon (dilatação do cólon) e perfuração intestinal. Nos dois últimos casos, habitualmente a doença é grave, com inflamação intensa e sintomas sistémicos como febre. Embora as duas últimas situações sejam raras, constituem uma emergência médica com necessidade de intervenção cirúrgica.

Na Doença de Crohn, as complicações incluem: internamentos por agudização da doença, cirurgia (ressecção de um segmento intestinal) nos casos em que a doença não responde ao tratamento farmacológico, desnutrição e litíase renal se houver envolvimento do intestino delgado. Outras complicações que também podem surgir devido à Doença de Crohn afetar todas as camadas da parede do intestino são: estenoses, fístulas e abcessos. As estenoses são uma obstrução do lúmen intestinal, que ocorrem sobretudo no intestino delgado e que quando presentes causam dor e distensão abdominal, náuseas, vómitos e paragem de emissão de fezes. O seu tratamento poderá implicar reajuste do tratamento médico para reduzir a inflamação, dilatação endoscópica ou realização de cirurgia. As fístulas são comunicações entre duas estruturas / órgãos e, tal como já mencionado, poderão ser perianais ou entre a área do intestino afetado e estruturas adjacentes (como a pele, outro segmento intestinal, vagina ou bexiga). Podem necessitar de tratamento cirúrgico consoante a localização, número e tamanho.

As DII associam-se ainda ao aumento do risco de desenvolver carcinoma colorretal (CCR). Este risco surge 8-10 anos após o início dos sintomas e depende de vários fatores como a extensão da doença, atividade inflamatória persistente e sua gravidade, história familiar de CCR e história pessoal de estenoses e lesões pré-malignas do cólon (displasia). Deste modo, e tendo em conta estes fatores de risco, será necessário o rastreio com a realização de colonoscopias regulares.

Autoria
Young GEDII: Paula Sousa, Joana Roseira, Maria Manuela Estevinho, Sónia Bernardo
Ana Catarina Carvalho – Centro Hospitalar Tondela-Viseu
Sofia Ventura – Centro Hospitalar Tondela-Viseu
Francisco Pires – Centro Hospitalar Tondela-Viseu
Cláudio Rodrigues – Centro Hospitalar Tondela-Viseu
João Correia – Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho
Edgar Afecto - Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho
Juliana Serrazina – Hospital Santa Maria – Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte
João António Cunha Neves – Centro Hospitalar Universitário do Algarve
Viviana Alexandra Sequeira Martins - Centro Hospitalar Universitário do Algarve


Para mais informações, aceda às páginas das associações portuguesa e europeia dos portadores de Doença Inflamatória Intestinal:


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