Qual o impacto da DII em idade pediátrica?
Para mais informações, aceda às páginas das associações portuguesa e europeia dos portadores de Doença Inflamatória Intestinal:
Choc |
A doença inflamatória intestinal também afeta as crianças?
Sim. A doença de Crohn e a colite ulcerosa podem surgir em crianças.
A partir de que idade pode surgir a doença inflamatória intestinal?
Não há uma idade mínima para o aparecimento da doença; pode surgir em idade muito precoce, mesmo antes do primeiro ano de vida, embora seja raro. O mais frequente é manifestar-se pelos 11-15 anos.
Por quem devem ser seguidos os doentes em idade pediátrica?
As crianças e adolescentes devem ser seguidos por Gastrenterologistas Pediátricos. São médicos pediatras que se subespecializaram nesta área e estão habilitados a fazer o diagnóstico e tratamento destas doenças.
Como se faz o diagnóstico nas crianças?
Tal como acontece com os adultos, o diagnóstico é baseado num conjunto de informações obtidas a partir da história clínica (conjunto de sintomas), exame físico, exames ao sangue e fezes, exames endoscópicos, ressonância magnética e por vezes cápsula endoscópica.
É possível fazer os exames mais invasivos com sedação/anestesia?
É possível e desejável que assim aconteça. O comportamento das crianças/adolescentes é imprevisível em situações de stress pelo que se recomenda que exames invasivos sejam sempre realizados com apoio de um Médico Anestesista e em ambiente pediátrico.
Os aparelhos para endoscopia são os mesmos que são utilizados para os adultos?
No caso de crianças mais velhas podem utilizar-se os mesmos aparelhos; para crianças mais pequenas existem aparelhos com tamanhos adequados a esse grupo etário.
O tratamento nas crianças é diferente do tratamento nos adultos?
O tipo de medicação que é utilizado é semelhante. Existem, no entanto, algumas particularidades no caso da pediatria, sobretudo no que diz respeito ao tratamento da doença de Crohn.
Ao contrário dos adultos, em que as doses são mais ou menos fixas, nas crianças e adolescentes é necessário ir fazendo adaptações em função do peso e comprimento porque se encontram num processo de crescimento. Por vezes, também é necessário fazer adaptações no que diz respeito às formulações comercializadas porque as crianças mais pequenas têm dificuldades óbvias na deglutição de comprimidos, por exemplo.
O crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes fica comprometido com esta doença?
Se a doença for diagnosticada atempadamente e corretamente tratada, podemos minorar esses efeitos.
Este é um bom motivo pelo qual as crianças e adolescentes devem ser tratados por médicos pediatras com subespecialização em gastrenterologia pediátrica, uma vez que estão particularmente atentos a esta questão.
Como se faz a escolha da medicação nas crianças e adolescentes? Porque é que o médico opta por determinado medicamento e não outro?
Com base na informação fornecida pelos exames realizados no processo de diagnóstico, consegue perceber-se a extensão da doença, compromisso do crescimento e identificar sinais de gravidade da inflamação. É com base nesses dados que é feita a escolha da medicação.
As crianças e adolescentes podem continuar a ter atividade desportiva normal mesmo depois de diagnosticada a doença?
Sim. É desejável que mantenham a atividade desportiva tal como todas as crianças e adolescentes da mesma idade. É natural que, em períodos de maior atividade da doença, possam sentir-se mais cansados ou inseguros para realizar determinadas tarefas e tenham de ajustar a sua intensidade temporariamente.
As vacinas habituais estão contraindicadas?
O esquema vacinal deve ser mantido e está até recomendado fazer algumas vacinas extra plano. No momento do diagnóstico é habitualmente revisto o esquema vacinal que já foi cumprido e são feitas sugestões acerca de possíveis vacinas extra plano. As vacinas vivas podem estar contraindicadas em algumas circunstâncias, pelo que a decisão de vacinar deve ser sempre validada com o Gastrenterologista Pediátrico.
E quando chegar aos 18 anos, como vai ser o seguimento?
Nos últimos anos tem sido dada uma importância especial a esta questão.
Ao longo dos anos os Gastrenterologistas Pediátricos vão preparando este processo de transição com os jovens e suas famílias.
Em muitos hospitais já existem consultas de transição em que, de forma estruturada, se realiza este processo para não haver falhas na continuidade da assistência médica na passagem paraa vida adulta.
Sim. A doença de Crohn e a colite ulcerosa podem surgir em crianças.
A partir de que idade pode surgir a doença inflamatória intestinal?
Não há uma idade mínima para o aparecimento da doença; pode surgir em idade muito precoce, mesmo antes do primeiro ano de vida, embora seja raro. O mais frequente é manifestar-se pelos 11-15 anos.
Por quem devem ser seguidos os doentes em idade pediátrica?
As crianças e adolescentes devem ser seguidos por Gastrenterologistas Pediátricos. São médicos pediatras que se subespecializaram nesta área e estão habilitados a fazer o diagnóstico e tratamento destas doenças.
Como se faz o diagnóstico nas crianças?
Tal como acontece com os adultos, o diagnóstico é baseado num conjunto de informações obtidas a partir da história clínica (conjunto de sintomas), exame físico, exames ao sangue e fezes, exames endoscópicos, ressonância magnética e por vezes cápsula endoscópica.
É possível fazer os exames mais invasivos com sedação/anestesia?
É possível e desejável que assim aconteça. O comportamento das crianças/adolescentes é imprevisível em situações de stress pelo que se recomenda que exames invasivos sejam sempre realizados com apoio de um Médico Anestesista e em ambiente pediátrico.
Os aparelhos para endoscopia são os mesmos que são utilizados para os adultos?
No caso de crianças mais velhas podem utilizar-se os mesmos aparelhos; para crianças mais pequenas existem aparelhos com tamanhos adequados a esse grupo etário.
O tratamento nas crianças é diferente do tratamento nos adultos?
O tipo de medicação que é utilizado é semelhante. Existem, no entanto, algumas particularidades no caso da pediatria, sobretudo no que diz respeito ao tratamento da doença de Crohn.
Ao contrário dos adultos, em que as doses são mais ou menos fixas, nas crianças e adolescentes é necessário ir fazendo adaptações em função do peso e comprimento porque se encontram num processo de crescimento. Por vezes, também é necessário fazer adaptações no que diz respeito às formulações comercializadas porque as crianças mais pequenas têm dificuldades óbvias na deglutição de comprimidos, por exemplo.
O crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes fica comprometido com esta doença?
Se a doença for diagnosticada atempadamente e corretamente tratada, podemos minorar esses efeitos.
Este é um bom motivo pelo qual as crianças e adolescentes devem ser tratados por médicos pediatras com subespecialização em gastrenterologia pediátrica, uma vez que estão particularmente atentos a esta questão.
Como se faz a escolha da medicação nas crianças e adolescentes? Porque é que o médico opta por determinado medicamento e não outro?
Com base na informação fornecida pelos exames realizados no processo de diagnóstico, consegue perceber-se a extensão da doença, compromisso do crescimento e identificar sinais de gravidade da inflamação. É com base nesses dados que é feita a escolha da medicação.
As crianças e adolescentes podem continuar a ter atividade desportiva normal mesmo depois de diagnosticada a doença?
Sim. É desejável que mantenham a atividade desportiva tal como todas as crianças e adolescentes da mesma idade. É natural que, em períodos de maior atividade da doença, possam sentir-se mais cansados ou inseguros para realizar determinadas tarefas e tenham de ajustar a sua intensidade temporariamente.
As vacinas habituais estão contraindicadas?
O esquema vacinal deve ser mantido e está até recomendado fazer algumas vacinas extra plano. No momento do diagnóstico é habitualmente revisto o esquema vacinal que já foi cumprido e são feitas sugestões acerca de possíveis vacinas extra plano. As vacinas vivas podem estar contraindicadas em algumas circunstâncias, pelo que a decisão de vacinar deve ser sempre validada com o Gastrenterologista Pediátrico.
E quando chegar aos 18 anos, como vai ser o seguimento?
Nos últimos anos tem sido dada uma importância especial a esta questão.
Ao longo dos anos os Gastrenterologistas Pediátricos vão preparando este processo de transição com os jovens e suas famílias.
Em muitos hospitais já existem consultas de transição em que, de forma estruturada, se realiza este processo para não haver falhas na continuidade da assistência médica na passagem paraa vida adulta.
Autoria
Young GEDII: Paula Sousa, Joana Roseira, Maria Manuela Estevinho, Sónia Bernardo
Ana Catarina Carvalho – Centro Hospitalar Tondela-Viseu
Sofia Ventura – Centro Hospitalar Tondela-Viseu
Francisco Pires – Centro Hospitalar Tondela-Viseu
Cláudio Rodrigues – Centro Hospitalar Tondela-Viseu
João Correia – Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho
Edgar Afecto - Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho
Juliana Serrazina – Hospital Santa Maria – Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte
João António Cunha Neves – Centro Hospitalar Universitário do Algarve
Viviana Alexandra Sequeira Martins - Centro Hospitalar Universitário do Algarve
Young GEDII: Paula Sousa, Joana Roseira, Maria Manuela Estevinho, Sónia Bernardo
Ana Catarina Carvalho – Centro Hospitalar Tondela-Viseu
Sofia Ventura – Centro Hospitalar Tondela-Viseu
Francisco Pires – Centro Hospitalar Tondela-Viseu
Cláudio Rodrigues – Centro Hospitalar Tondela-Viseu
João Correia – Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho
Edgar Afecto - Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho
Juliana Serrazina – Hospital Santa Maria – Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte
João António Cunha Neves – Centro Hospitalar Universitário do Algarve
Viviana Alexandra Sequeira Martins - Centro Hospitalar Universitário do Algarve